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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

ROLOU UMA QUIMICA

Proclamado Ano Internacional da Química, 2011 termina com resultados positivos para essa ciência que tenta deixar para trás a imagem de vilã.

A área da ciência que esteve em maior evidência no mundo em 2011 foi a química. Não por causa de uma descoberta revolucionária ou de um avanço pontual, mas pelas inúmeras atividades ligadas à divulgação da ciência que estuda a estrutura e transformação das substâncias. Como você deve saber, 2011 foi proclamado pela Organização das Nações Unidas o Ano Internacional da Química (AIQ).
Durante o ano, dois novos elementos foram incorporados à tabela periódica, e a Academia Real de Ciências da Suécia chamou a atenção ao conceder o Nobel de Química ao israelense Daniel Shechtman pela descoberta dos quasicristais, feita há quase 30 anos.
Quanto à pesquisa na área, o foco esteve principalmente na nano e biotecnologia
Observou-se ainda forte aproximação da química com a sustentabilidade por meio do estudo de processos naturais.
No Brasil, a comemoração do AIQ foi considerada um sucesso.
Entre as principais ações realizadas no país, destaca-se o projeto ‘pH do planeta’, a exposição ‘A química no cotidiano’ e o lançamento do livro A química perto de você.
Na primeira ação, alunos de ensino fundamental e médio receberam kits para medição de pH, salinidade e pureza de amostras d’água das cidades em que moram. Os resultados foram reunidos em um portal na internet e revelam um panorama da qualidade da água em todo o Brasil. Mais de 35 mil kits foram distribuídos.
A exposição ‘A química no cotidiano’ foi uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Química (SBQ) e do Museu da Vida, da Fundação Oswaldo Cruz. Trata-se de um conjunto de 20 painéis que contam a história e falam da importância da química.
Já o livro A química perto de você, reúne experimentos de baixo custo testados em laboratórios da Universidade Federal de Santa Maria (RS).
As três atividades ajudaram a aproximar a SBQ das escolas de educação básica.
O impacto disso deve se refletir a médio e longo prazo, com maior procura dos estudantes por carreiras ligadas à pesquisa.

Prêmios Nobel no Brasil

Vários pesquisadores laureados com o Nobel na área, como o britânico Harold Kroto (premiado em 1996), o estadunidense Martin Chalfie (2008) e o japonês Akira Suzuki (2010), estiveram no Brasil para ajudar a divulgar a ciência.
Em um único evento, a Escola São Paulo de Ciência Avançada em Produtos Naturais, Química Medicinal e Síntese Orgânica, realizada na Universidade Estadual de Campinas em agosto, quatro detentores de Nobel de Química estiveram presentes: o suíço Kurt Wütrich (2002), o estadunidense Richard Schrock (2005), a israelense Ada Yonath (2009) e o japonês Ei-Ichi Negishi (2010).
Neste ano, a química invadiu até a mais tradicional festa popular brasileira. Em Recife e Olinda (PE), os carnavalescos viram desfilar bonecos gigantes das cientistas Marie Curie (1867-1934) e Johanna Döbereiner (1924-2000). Maceió assistiu ao desfile do bloco ‘AIQ bom’.
A revista Ciência Hoje e a CH On-line também participaram das comemorações com a publicação ao longo do ano de uma série de artigos e reportagens sobre química.

Química e mulheres

O AIQ foi instituído para comemorar os cem anos do Nobel de Química da polonesa Marie Curie, primeira mulher a receber o prêmio e até hoje a única a ganhar dois Nobel. Em 1903 ela foi agraciada com o de Física.
Curie foi laureada por descobrir os elementos rádio e polônio, por isolar o rádio e por estudar a natureza e os compostos desse elemento. Um século depois, a participação feminina na ciência ainda é restrita, mas elas já ocupam vários postos de liderança.
Além do centenário do prêmio Nobel de Química de Marie Curie, o ano de 2011 marcou a comemoração de outros episódios importantes na história da química, como os 100 anos da criação do modelo atômico de Ernest Rutherford (1871-1937).
A tendência dos químicos de todo o mundo é buscar, cada vez mais, processos e produtos naturais em vez de investir apenas na síntese de substâncias.
Nesse sentido, as pesquisas nas áreas de nano e biotecnologia são as mais promissoras. A utilização de fibras naturais misturadas com polímeros pode substituir o uso de metais, que são finitos, na construção de produtos.

Célio YanoCiência Hoje On-line/ PR

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Falsa cobra coral albina nasce com 2 cabeças nos EUA

01/11/2011 EFE
Cobra com duas cabeças não poderia viver no meio silvestre (EFE
Uma rara cobra falsa coral albina nasceu com duas cabeças em uma incubadora no estado da Flórida, nos Estados Unidos, uma condição que os cientistas dizem ser sumamente estranha e colocaria em perigo a sobrevivência do réptil se não estivesse em cativeiro.
"Está documentado que as serpentes de duas cabeças vivem até 20 anos em cativeiro. Com dois cérebros dando comandos a um só corpo, deve ser uma existência confusa. Esta cobra certamente não poderia sobreviver em um ambiente silvestre", informou nesta segunda-feira (31) o biólogo americano Daniel Parker.L
Parker, da Universidade do Centro da Flórida, disse em comunicado que a cobra nasceu na semana passada depois que uma falsa cobra coral pôs ovos há alguns meses.
O cientista ressaltou que a maioria das cobras com duas cabeças têm uma coloração típica, "tornando extremamente rara" esta serpente.
"Esta poderia ser a mais formosa serpente de duas cabeças que existiu", destacou.
Parker explicou que as serpentes albinas perdem toda a pigmentação, que no caso das falsas corais são as cores vermelha, laranja e branco.
O nome científico da falsa coral é Lampropeltis triangulum hondurensis.

domingo, 30 de outubro de 2011

A dor de cabeça do dia seguinte!

A dor de cabeça do dia seguinte!

Aqui vai uma breve explicação sobre o que acontece quimicamentebiologicamente no organismo quando o efeito do álcool já passou (A FAMOSA RESSACA).
Um dos principais componentes das bebidas alcoólicas é, obviamente, o álcool etílico, também conhecido como etanol (C2H5OH). Ao ingerirmos a bebida, o álcool começa a se transformar no organismo. O seu destino mais comum (provável) é transformar-se em dióxido de carbono (CO2) + água (H2O) + energia.
Acontece que rotas secundárias também formam substâncias intermediárias entre o álcool e aquele “destino” mais provável. Entre essas substâncias intermediárias estão o aldeído (acetaldeído ou etanal) e o ácido carboxílico (ácido acético). A mistura destas substâncias, em especial a presença do aldeído, é que explica aquela dorzinha de cabeça no dia seguinte a bebedeira.
oxidação do álcool etílico
O acetaldeído é criado quando o álcool no fígado é destruído por uma enzima chamada álcool-desidrogenase. O acetaldeído é então atacado por outra enzima, o aldeído-desidrogenase, e por outra substância que se chama glutationa, que contém uma quantidade alta de cisteína (uma substância que é atraída pelo acetaldeído). Juntos, o aldeído-desidrogenase e a glutationa formam o acetato (uma substância similar ao vinagre) não tóxico. Este processo funciona bem, deixando ao acetaldeído apenas um curto período de tempo para fazer seu estrago, se, e somente se, apenas alguns coquetéis forem consumidos.
A questão do peso é um dos motivos pelos quais as mulheres não devem acompanhar os homens na bebedeira, pois as mulheres têm menos aldeído-desidrogenase e glutationa, fazendo com que o organismo leve mais tempo para eliminar as toxinas, piorando os efeitos da ressaca.

Mas uma coisa é certa: se exagerar na bebida , não há enzima que dê jeito, e a dor de cabeça e mal estar são garantidos no dia seguinte! Portanto, façam como este que vos fala, fique só na água e no refrigerante, e não terá maiores problemas…

OS PERIGOS DO METANO

Os perigos do metano…

No fim do mês passado um evento povoou os noticiários do país: “ SP: Após vazamento de gás metano, shopping fecha as portas e é multado.” Mas de onde vem esse metano?
O metano, (CH4), gás incolor e inodoro, é produzido através dos seguintes processos naturais:
- Decomposição de lixo orgânico;
- Digestão de animais herbívoros;
- Metabolismo de certos tipos de bactérias;
- Vulcões de lama;
- Extração de combustíveis minerais (principalmente o petróleo);
- Aquecimento de biomassa anaeróbica.
O shopping em questão, assim como um condomínio vizinho, foi construído em uma área anteriormente utilizada como lixão, que obviamente, produzirá gás metano pela decomposição do material orgânico presente no local. Se inalado, o metano pode causar asfixia, parada cardíaca, incosciência e até mesmo danos no sistema nervoso central; e ainda mais importante – quando adicionado ao ar, torna-se altamente explosivo!

Análise da Prova do ENEM 2011

Queridos Vestibulandos,
A prova de Química do ENEM 2011 pode ser considerada fácil. Somente assuntos clássicos foram abordados, não apresentando nenhuma surpresa aos candidatos. Mais uma vez a temática ambiental foi conteúdo ou tema da maioria das questões. Faz-se necessário um candidato cada vez mais antenado com as práticas de sustentabilidade e conhecimento de matriz energética, tratamento de água e esgoto e a Química aplicada ao cotidiano.
Questão 48:
  • Conteúdo: Termoquímica
  • Temática: poluição gerada por combustíveis
  • Nível de Dificuldade: médio
  • Análise: questão que envolve a parte quantitativa da termoquímica. O candidato deveria relacionar a quantidade de carbono liberada pelo combustível com a energia obtida nessa combustão. A parte mais trabalhosa estava nas contas pouco arredondadas.
Questão 52:
  • Conteúdo: Densidade
  • Temática: formação de ligas metálicas
  • Nível de Dificuldade: fácil
  • Análise: cálculo simples de densidade em função do percentual de cada metal na liga.
Questão 53:
  • Conteúdo: Solubilidade
  • Temática: Industrialização da Mamona
  • Nível de Dificuldade: fácil
  • Análise: bastava o candidato observar a apolaridade do óleo e a consequente hidrofilia das substâncias tóxicas que as tornam insolúveis no óleo.
Questão 56:
  • Conteúdo: Ligações Intermoleculares
  • Temática: força das ligações intermoleculares relacionada a hidratantes
  • Nível de Dificuldade: baixo
  • Análise: bastava o candidato observar a grande existência de grupamentos hidroxila na estrutura das moléculas apresentadas e relacioná-las às ligações de hidrogênio.
Questão 57:
  • Conteúdo: Métodos de Separação de Misturas
  • Temática: tratamento de água
  • Nível de Dificuldade: fácil
  • Análise: cabia ao candidato um conhecimento básico de tratamento de água. A única opção que poderia eventualmente causar dúvida seria fluoretação. Mas é a cloração que tem ação nos microrganismos.
Questão 59:
  • Conteúdo: Relações Numéricas e Soluções
  • Temática: reagente em excesso e eutrofização
  • Nível de Dificuldade: alto
  • Análise: a dificuldade maior é o candidato achar dentro de um esquema bastante confuso a proporção em número de átomos entre os elementos apresentados. Isso feito, bastaria uma regra de três simples para determinar o reagente limitante.
Questão 60:
  • Conteúdo: Óxidos
  • Temática: apllicação de óxidos básicos
  • Nível de Dificuldade: médio
  • Análise: questão mais complicada pelo seu contexto com Biologia. O candidato tinha que observar o caráter básico do CaO e sua reação com água.
Questão 71:
  • Conteúdo: Reações Orgânicas
  • Temática: aminoácidos e ligação peptídica
  • Nível de Dificuldade: fácil
  • Análise: simples análise da formação de uma amida no processo de ligação entre um ácido e uma amina.
Questão 74:
  • Conteúdo: Meio ambiente
  • Temática: biocombustíveis
  • Nível de Dificuldade: baixo
  • Análise: questão que aborda o assunto combustíveis x meio ambiente. De resolução simples, bastaria o candidato estar atento ao enunciado e ter noções básicas do tema relacionado a sociedade.
Questão 76:
  • Conteúdo: Equilíbrio Químico
  • Temática: princípio de Le Chatelier e pH
  • Nível de Dificuldade: médio
  • Análise: questão que aborda o deslocamento do equilíbrio através da adição de uma substância que reage com outra presente no sistema. O conceito de pH é também envolvido na questão.
Questão 80:
  • Conteúdo: Estequiometria e Soluções
  • Temática: nada relevante
  • Nível de Dificuldade: médio
  • Análise: questão que envolve uma estequimetria entre duas substâncias, sendo uma delas apresentada como solução. A difuldade estava em calcular o número de mols do peróxido e depois relacionar com o permanganato.
Questão 81:
  • Conteúdo: Meio Ambiente
  • Temática: poluição gerada por usinas hidrelétricas e termelétricas
  • Nível de Dificuldade: médio
  • Análise: a maior dificuldade da questão está em relacionarem uma tecnologia “limpa” (pós implantação) com a geração de poluição devido a emissão de metano. A frase “Entretanto, estudos indicam que as emissões de metano das hidrelétricas podem ser comparáveis às emissões de CO2 das termelétricas.” é determinante para o gabarito.
Questão 84:
  • Conteúdo: Reações Químicas
  • Temática: biocombustíveis e poluição
  • Nível de Dificuldade: médio
  • Análise: questão que envolve análise das reações envolvendo o nitrogênio e seus resultados.
Questão 88:
  • Conteúdo: Meio ambiente
  • Temática: poluição
  • Nível de Dificuldade: fácil
  • Análise: assunto mais que recorrente nas aulas de combustíveis tanto em Química quanto em Geografia.

PREMIO NOBEL DE QUIMICA 2011

Nobel de Química 2011 vai para descoberta dos quase-cristais

Pesquisa controversa do israelense Daniel Shechtman trouxe uma mudança de mentalidade na Química tradicional

iG São Paulo | 05/10/2011

A Academia Real de Ciências da Suécia deu na manhã da quarta-feira (5)de outubro o Nobel de Química ao israelense Daniel Shechtman, 70 anos, do Instituto de Tecnologia de Israel, em Haifa, pela descoberta dos chamados quase-cristais, que têm aplicações experimentais em inúmeras finalidades -- dos motores a diesel às frigideiras..
De acordo com os organizadores do prêmio, a pesquisa de Shechtman trouxe uma mudança de paradigma de como os átomos são organizados em materiais sólidos. “Ao contrário da crença prévia de que átomos ficam dentro de cristais em padrões simétricos, Schechtman mostrou que eles poderiam se organizar em um padrão que não se repetia,” explicou a academia.
“Sua descoberta foi extremamente controversa. Enquanto defendia sua descoberta, foi demitido de seu grupo de pesquisa. No entanto, sua batalha eventualmente forçou cientistas a rever a própria natureza da matéria”.
O comitê lembrou então que as formas matematicamente regulares, mas infinitamente variadas, são comuns na arte árabe e persa. "Mosaicos aperiódicos, como os encontrados nos mosaicos islâmicos medievais do palácio de Alhambra, na Espanha, e na mesquita de Dar-i Imam, no Irã, têm ajudado os cientistas a entenderem qual é o aspecto dos semicristais em nível atômico."
O cientista, nascido em Tel Aviv, trabalha no Technion (Instituto de Tecnologia de Israel), em Haifa (norte). Na época do seu principal trabalho, ele vivia nos EUA.
A pesquisa de Shechtman foi inicialmente ridicularizada por muitos cientistas, pois contradizia todos os livros sobre o tema. Um dos seus críticos mais inflamados foi Linus Pauling, ganhador de dois prêmios Nobel. Mas, em 1992, a União Internacional de Cristalografia alterou, com base no trabalho do israelense, sua definição sobre o que é um cristal.
Nas últimas três décadas, centenas de semicristais foram sintetizados em laboratórios, e, há dois anos, cientistas relataram a inédita descoberta de um semicristal natural, numa amostra russa contendo alumínio, cobre e ferro.
Schechtman foi comunicado que ganhou o prêmio durante o anúncio, mas ao contrário do costume, a ligação foi particular, e não em viva voz durante a cerimônia. Os organizadores afirmaram que ele ficou extremamento surpreso com a honraria e que já havia desistido de ganhar o Nobel um dia.

Veja a lista dos vencedores do Prêmio Nobel de Química dos últimos 10 anos:

2010: Richard Heck (EUA), Ei-ichi Negishi e Akira Suzuki (Japão)
2009: Venkatraman Ramakrishnan e Thomas Steitz (EUA), Ada Yonath (Israel)
2008: Osamu Shimomura (Japão), Martin Chalfie e Roger Tsien (EUA)
2007: Gerhard Ertl (Alemanha)
2006: Roger Kornberg (EUA)
2005: Yves Chauvin (França), Robert H. Grubbs e Richard R. Schrock (EUA)
2004: Aaron Ciechanover e Avram Hershko (Israel) e Irwin Rose (EUA)
2003: Peter Agre e Roderick MacKinnon (EUA)
2002: John Fenn (EUA), Koichi Tanaka (Japão) e Kurt Wuethrich (Suíça)
2001: William Knowles, K. Barry Sharpless (EUA) e Ryoji Noyori (Japão)

(Com informações da AP e Reuters)

O transtorno obsessivo compulsivo“O transtorno obsessivo compulsivo (TOC) tem cura? Se o doente parar de tomar remédio, as manias voltam?”

Para tratar o TOC

Por: Aristides Volpato Cordioli
Publicado em 13/10/2011 | Atualizado em 24/10/2011
Para tratar o TOC
Lavar as mãos compulsivamente é um ritual comum entre os que sofrem de TOC. Com terapia e medicamento, é possível contornar os sintomas do transtorno. (foto: André Luiz D. Takahashi/ ASCOM Prefeitura de Votuporanga – CC BY 2.0)
As causas do TOC não são bem conhecidas, logo não podemos falar em cura, pois não há garantia de que as causas serão removidas e de que os sintomas não voltarão. No entanto, é possível sim eliminar os fatores que perpetuam o TOC, e assim contornar os sintomas, por meio de terapia cognitivo-comportamental (TCC) e medicamentos.
A pessoa com TOC sofre de muitos medos: de contrair doenças, cometer falhas, ser a responsável por acidentes etc. Em razão desses medos, ela evita situações e ações que, de acordo com o que acredita, poderiam provocar tais desastres.
Querendo aliviar a tensão, o indivíduo também pratica rituais que lhe dão alívio, como, por exemplo, lavar a mão diversas vezes, fazer verificações e repetir frases. Com a terapia, o paciente aprende a enfrentar esses medos e a corrigir os mecanismos que o levam a executar rituais.
Os medicamentos também são muito importantes no tratamento e não devem ser interrompidos sem orientação médica.
Os medicamentos também são muito importantes no tratamento e não devem ser interrompidos sem orientação médica
Quando um paciente que usa apenas a medicação deixa de tomá-la, é alto o índice de recaídas. Pesquisas mostram que, em até 90% desses pacientes, ocorre um retorno dos sintomas quatro meses após a descontinuação do medicamento.
Essa recaída é maior do que a que ocorre em pacientes que também são tratados com TCC. Por isso, é recomendável utilizar os dois tratamentos em conjunto.
O mais indicado é que, mesmo depois do desaparecimento dos sintomas, o paciente continue usando o medicamento por pelo menos um ano. Passado esse período, recomenda-se uma retirada gradual. O tempo de uso do medicamento pode ser maior se ocorreram recaídas em tentativas anteriores de encerrar o tratamento.
É importante ressaltar que não há problemas em se tomar esses remédios por longos períodos, pois eles não viciam. Além disso, uma interrupção abrupta pode causar desconfortos.

Aristides Volpato CordioliDepartamento de Psiquiatria e Medicina Legal
Faculdade de Medicina
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Texto originalmente publicado na CH 286 (outubro de 2011).

Quando os microrganismos salvam vidas

Bactérias, fungos e protozoários são vistos em geral como vilões. Muitos desses pequenos seres, porém, realizam serviços importantes para os humanos e vêm sendo usados na produção de medicamentos. Artigo da CH 286 mostra como os microrganismos podem nos beneficiar.
Por: Adriana A. Lopes, Denise O. Guimarães e Mônica T. Pupo
Publicado em 24/10/2011 | Atualizado em 24/10/2011
Quando os microrganismos salvam vidas
Fungos crescendo em cultura. Embora possam ainda hoje causar infecções que comprometem a vida dos humanos, esses seres diminutos são úteis em processos industriais e no combate a doenças. (foto: David Midgley, University of Sydney/ CC BY-SA 2.5)
Microrganismos, como o nome diz, são organismos minúsculos, representados por fungos, bactérias, vírus, algas e protozoários. Geralmente, associamos esses seres microscópicos às doenças que eles podem causar em humanos, animais e lavouras. No cardápio de males provocados por esses agentes, está também a deterioração dos alimentos.
No caso de humanos, bactérias, fungos e vírus podem ainda hoje causar infecções que comprometem a vida dos pacientes – especialmente, aqueles com o sistema imunológico debilitado por outra doença, como a Aids.
Os microrganismos estão em toda parte; a maioria não se locomove e não tem mecanismos de defesas físicas frente a adversidades
Os microrganismos estão em toda parte: solo, água, pedras, no interior e na superfície de seres vivos (humanos, plantas, animais, insetos etc.), entre outros locais. A maioria deles não se locomove e não tem mecanismos de defesas físicas frente a adversidades.
No meio ambiente, convivem com grande número de seres vivos, sendo que a principal forma de interação com o ambiente envolve a produção de substâncias químicas – conhecidas como produtos naturais –, bem como enzimas, que agem principalmente como mecanismo de defesa contra outros microrganismos.
Essas moléculas – que, em geral, têm estrutura complexa – podem ser excretadas pelo microrganismo para inibir o crescimento de outros organismos e, assim, garantir a preservação da própria espécie.

Do laboratório à indústria

Ao longo do tempo, o homem conseguiu cultivar microrganismos em laboratório, bem como isolar e identificar quimicamente os produtos naturais microbianos, aplicando-os na medicina como medicamentos.
Os processos fermentativos envolvidos no desenvolvimento microbiano também passaram a ser explorados para o benefício humano em diversas áreas (ver ‘E se Dionísio soubesse química?’ na CH 279).
Os microrganismos são amplamente usados em indústrias químicas e na produção de pães, cerveja, vinho, vinagre, queijos e iogurtes
Os microrganismos são amplamente usados em indústrias para a produção de produtos químicos, como butanol, etanol e ácido cítrico, e suplementos alimentares (aminoácidos) e enzimas. São também usados na produção de pães, cerveja, vinho, vinagre, queijos e iogurtes.
São importantes agentes de biorremediação, ou seja, usados para remover ou reduzir a poluição ambiental. São utilizados em processos de biocatálise, convertendo substâncias químicas em outras, com maior rapidez e menor custo que processos totalmente químicos.
A fermentação de microrganismos é também aplicada pela indústria farmacêutica para obtenção de medicamentos que não são facilmente produzidos por síntese química. Nessa última aplicação, a química microbiana tem contribuído significativamente para a saúde da humanidade.

Combate às doenças

As descobertas de cientistas como o químico e microbiologista francês Louis Pasteur (1822-1895), o cirurgião inglês Joseph Lister (1827-1912) e o médico alemão Robert Koch (1843-1910) permitiram identificar microrganismos como agentes causadores de infecções, as quais geralmente causavam a morte dos pacientes devido à ausência de tratamento efetivo.
'Penicillium notatum'
A descoberta da penicilina por Alexander Fleming, em 1928, tornou-se o marco do uso medicinal de produtos naturais microbianos e revolucionou a medicina e o tratamento das infecções bacterianas. A substância é produzida pelo fungo 'Penicillium notatum' (na imagem). (foto: Crulina/ CC BY-SA 3.0)
Os cientistas alemães Paul Erlich (1854-1915) e Gerhard Domagk (1895-1964) foram pioneiros em mostrar que corantes artificiais matavam microrganismos e controlavam infecções.
Lister e o médico francês Ernest Duchesne (1874-1912), independentemente, relataram o uso de fungos Penicillium em bandagens para tratar pacientes infectados no final do século 19. Porém, textos da medicina chinesa, com mais de 3 mil anos, relatam o uso de soja ‘embolorada’ (com bolor, ou seja, com fungo) para tratar infecções de pele.
Mas foi a descoberta da penicilina, produzida pelo fungo Penicillium notatum, pelo médico escocês Alexander Fleming (1881-1955), em Londres (1928), que se tornou marco do uso medicinal de produtos naturais microbianos e revolucionou a medicina e o tratamento das infecções bacterianas.

domingo, 2 de outubro de 2011

PREMIO IG NOBEL 2011

Prémios IgNobel premeiam as ideias mais insólitas

Arturas Zuokas, autarca da cidade de Vilnius na Lituânia, IgNobel da Paz.

A edição dos Prémios IgNobel de 2011 já tem a sua lista de galardoados. Estudos sobre bocejos de tartarugas ou como escaravelhos acasalam com garrafas de cerveja foram premiados. Saiba a lista completa.
Fisiologia: Anna Wilkinson, Natalie Sebanz e Ludwig Huber pelo estudo que concluir não haver evidência de contágio de bocejos entre as tartarugas red-foot»
Química: Makoto Imai, Naoki Urushihata, Hideki Tanemura, Yukinobu Tajima, Hideaki Goto, Koichiro Mizoguchi e Junichi Murakami. Este grupo de japoneses determinou a densidade ideal de wasabi (espécie de rabanete muito picante) para acordar uma pessoa inconsciente em caso de incêndio ou outra emergência, e aplicaram esta conclusão para inventar um alarme wasabi.
Medicina: Mirjam Tuk, Debra Trampe, Luk Warlop, Matthew Lewis, Peter Snyder, Robert Feldman, Robert Pietrzak, David Darby e Paul Maruff por realizarem um estudo que demonstra que as pessoas tomam melhores decisões sobre determinados assuntos, mas piores sobre outras questões, quando estão sob uma vontade de urinar urgente.
Psicologia: Karl Halvor Teigen por tentarem perceber porque é que as pessoas suspiram, na sua vida quotidiana.
Literatura: John Perry pela sua Teoria da Procrastinação Estruturada que afirma que para se ser um grande autor deve-se sempre trabalhar em algo importante, usando isso como forma de evitar fazer algo que seja ainda mais importante.
Biologia: Darryl Gwynne e David Rentz por descobrirem que um determinado tipo de escaravelho acasala com um determinado tipo de garrafa de cerveja australiana.
Física: Philippe Perrin, Cyril Perrot, Dominique Deviterne, Bruno Ragaru e Herman Kingma por determinarem porque é que os lançadores de discos ficam tontos e os de martelo não.
Matemática: Dorothy Martin, Pat Robertson, Lee Jang Rim, Credonia Mwerinde e Harold Camping (todos previram, em anos diferentes, que o mundo acabaria nesse ano) por ensinarem ao mundo que se deve ter cuidado quando se fazem assunções baseadas em cálculos matemáticos.
Paz: Arturas Zuokas, autarca da cidade de Vilnius na Lituânia, por passar a resolver o problema do estacionamento ilegal de carros de luxo destruindo-os com um tanque.
Segurança Pública: John Senders, por levar a cabo uma série de experimentos em que uma pessoa conduz um carro numa grande auto-estrada enquanto o retrovisor esbofeteia o condutor e lhe tapa a visão.

sábado, 10 de setembro de 2011

Olimpiceno e olimpiadano


creative commons by 2.0
Para comemorar a realização das olimpíadas em Londres, no ano de 2012, a equipe da máquina de procura dedicada à química ChemSpider, propôs o nome de Olimpiceno (Olympicene) para a molécula originalmente conhecida como benzo[cd]pireno (IUPAC).
InChI=1/C19H12/c1-3-12-7-9-14-10-8-13-4-2-6-16-11-15(5-1)17(12)19(14)18(13)16/h1-7,9-11H,8H2
A justificativa é a óbvia similaridade entre a molécula e os anéis olímpicos.
Outra molécula já tinha sido batizada de Olimpiadano (Olympiadane), pela sua alegada semelhança com os anéis, visto na estrutura abaixo.
estrutura química
Mas fica claro que o Olimpiceno é muito mais simpático na comparação do que a estrutura acima.

VIVA A PACIÊNCIA DOS PROFESSORES

15
Viva a Revolução!!!
23Deus converte mesmo!
42
Principalmente se o aluno for carioca, morô?!
61
Exemplo de um vírus envelopado: Antrax! Sacou? rs

71Bela expansão!!! hahahaha
82Além disso, não sabia que Michelangelo tirava fotos. Aliás, pensava que era Leonardo da Vinci…
9Jurava que estava certo!
10Esse O.O que o professor fez, foi um olhar de espanto ou foi um zero?
111Uaii professor, moreninha?…Você queria que fosse o que? Um Pardal?
121Fail!! kkkk
131Agora encontre o zero!
141Não sei se rio da resposta ou do sermão do prof … kkkkk
151A Hebe acertaria essa questão! (já que a Derci morreu)
prova15
Pelo menos ele chegou na metade. Aposto que você mão saberia nem começar. rs
prova16… e a casa do Gleicou!!!
vale_do_paraiba
Vale balada que é bom, NADA!
digitalizarChico Xavier ensinou ele.
450px-provadesciclo5Vaiiii Plaaneta!!!
provadesciclo6Depois dessa declaração, merecia 10, HEIN PROF?!
prova_rs22Ele tirou 9,2 na prova. Ele só queria sair no insoonia.
provadesciclo3

domingo, 28 de agosto de 2011

Ensinando colesterol, (des)informação e defesa do consumidor!


Explicar química de macromoléculas pode ser um problema para os professores de Biologia. O assunto desperta pouco interesse na maioria dos alunos e, pensando nisso, compartilho duas experiências que uso para tentar fazer o estudo de pelo menos uma molécula mais interessante: o colesterol.
1. “Colesterol faz bem ou faz mal?”
A preocupação com a saúde fez com que as discussões sobre obesidade em países desenvolvidos e em desenvolvimento ficassem tão importantes quanto campanhas para combater a subnutrição de países pobres. Assim, é comum a mídia trazer informações sobre os males relacionados ao colesterol, de modo que todos já ouvimos ou lemos alguma coisa sobre o assunto.
Aproveitando esse fato procuro iniciar o tema com uma pergunta simples: “Colesterol faz bem ou faz mal?”.
Praticamente todos respondem “Faz mal!”, dando a entender que a pergunta tem uma resposta óbvia. Por isso, quando eu respondo “quem falou?” ou “depende!”, a surpresa gerada serve de gancho para explicar a parte química do tema.



Estrutura do colesterol.
O colesterol tem fórmula molecular C27H45OH e faz parte dos esteróides, uma classe de lipídios que contém um arranjo específico de quatro anéis de átomos de carbono.
A figura ao lado foi retirada do site Cholesterol-and-health.com e é extremamente didática para explicar a estrutura da molécula:
  • A cor vermelha destaca o grupo polar hidroxila ( – OH), que caracteriza a molécula de colesterol como um álcool (de acordo com as funções orgânicas) e que fornece alguma solubilidade em água;
  • A cor verde mostra o arranjo de anéis de carbono específico conhecido como a “assinatura dos esteróides”;
  • A cor azul corresponde à cauda de hidrocarbonetos (moléculas formadas apenas por átomos de carbono e hidrogênio), fortemente apolar, ou seja, capaz de se dissolver em substâncias oleosas ou gordurosas, mas não em água.
Pensando na importância biológica do colesterol, vale lembrar que essa molécula tem papel fundamental na fluidez das membranas celulares animais e é precursora dos demais esteróides. Dentre as moléculas derivadas estão, o estradiol (hormônio sexual feminino), a testosterona (hormônio sexual masculino), e a vitamina D, todos de vital importância.
Conclusão: por mais que tenhamos nos acostumado a enxergar o colesterol como um dos grandes vilões nutricionais ele é essencial à vida, portanto associar automaticamente a molécula a problemas de saúde é um erro.
2. Como a publicidade pode se aproveitar da sua falta de informação?
Outra discussão sobre o colesterol diz respeito à propaganda. Ainda na faculdade reparei que no rótulo de uma lata de óleo que trazia em destaque a informação: “Sem colesterol, mais saudável!”.
Como sabemos que o colesterol não pode ser extraído de produtos de origem vegetal, qual é a ideia por trás disso? Simples: como poucas pessoas sabem que todo óleo vegetal é livre de colesterol, consumidores com menos instrução podem ser induzidos a comprar a marca “A” ou “B”.
Tempos depois, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) criou o Manual de Orientação aos Consumidores (disponível no final desse texto). O documento esclarece que essa prática é proibida, como vemos no trecho abaixo:


Determinação da ANVISA sobre óleos vegetais.


Pensando em como os fabricantes de óleos podem “driblar” as normas da ANVISA, fui ao supermercado para verificar como isso acontecia. Todos os produtos traziam a informação “óleo sem colesterol, como todo óleo vegetal”, mas a disposição da informação era variável.
Dos 19 óleos vegetais à venda no mercado que visitei no começo de Julho deste ano, oito (42%) traziam o escrito “Sem colesterol*”, sendo que o símbolo * remetia a algum canto escondido do rótulo que continha o restante da frase (“como todo óleo vegetal”). Pensando criticamente, essas marcas estão ou não buscando vantagem sobre as demais, tentando parecer mais saudáveis?
A lição mais importante a ser discutida com os alunos é: conhecimento não é importante somente para passar de ano, ter boas notas e entrar em uma boa faculdade. É, antes de qualquer coisa, a principal proteção que as pessoas podem ter contra iniciativas como essa, que procuram tirar vantagem de consumidores desavisados.
Fontes e referências:
CAMPBELL, Neil et al. Biologia (8ª ed.), Porto Alegre: Artmed 2010. ISBN: 9788536322698
ALBERTS, Bruce et al. Biologia Molecular da Célula (4ª ed.), Porto Alegre: Artmed 2004. ISBN: 8536302720

sábado, 6 de agosto de 2011

 

 

 

 

 

Vai uma limonada?




Limonada? Suco de laranja? Grapefruit? Diz a sabedoria popular que um copo de suco de Lima da Pérsia todos os dias é excelente para a saúde da pele. Quem nunca experimentou bolo de mexirica (ou mimosa, como é chamada em Curitiba) não imagina o aroma indescritível que torna difícil o bolo durar mais do que 2 dias. Estas frutas, todas do gênero Citrus, estão entre as mais importantes do mundo. Além de serem muito consumidas, as frutas cítricas têm uma história de mais de 4.000 anos de cultivo. Mas até pouco tempo atrás não se conhecia a origem genética destas frutas, até que pesquisadores chineses resolveram investigar este mistério.
O grupo coordenado pelo Dr. Zhiqin Zhou, da Southwest University, analisou padrões de  extensão de polimorfismo de fragmentos amplificados (analyzed amplified fragment length polymorphism, AFLP) juntamente com a análise da sequência do DNA de cloroplastos (organelas de células vegetais responsáveis pela fotossíntese) e espaçadores transcritos do interior de núcleos (celulares). A utilização das diferentes técnicas permitiu identificar a origem genética exata das plantas cultivadas do gênero Citrus.
Os resultados mostraram que a laranja bergamota (Citrus bergamia Risso) e o limão se originaram a partir da cidra (fruta da cidreira) e da laranja azeda, enquanto que a toranja (também conhecida por grapefruit (Citrus x paradisi) mostrou ser uma mistura (um híbrido) originado a partir do cruzamento entre pomelo (Citrus máxima) e laranja doce. Já a laranja doce e a laranja azeda são híbridos de laranja mandarim (Citrus reticulata) e pomelo, e o limão bravo fruto do limão e da laranja mandarim. Por fim, que a laranja bergamota resulta de uma mistura da laranja azeda (fêmea) com limão (pai).
Segundo os autores, os dados genéticos mostraram ser bastante convincentes para propor as relações de parentesco entre estas plantas, muito importantes para se conhecer a genética e se utilizar o germoplasma das plantas do gênero Citrus.

Químicos repelem mosquitos



Se você é um químico, saiba que você possui esta característica ímpar. Pelo menos é o que dá a entender reportagem publicada hoje no jornal O Estado de São Paulo.
Químicos que confundem mosquito são aposta para nova geração de repelentes – Segundo pesquisa, elementos atrapalham a identificação, por parte dos insetos, do CO2 emitido por humanos.
Pesquisadores americanos desenvolveram produtos químicos que atrapalham a habilidade dos mosquitos de cheirar os humanos e que podem servir para criar repelentes mais eficientes. Os estudos foram publicados no periódico especializado Nature.
Um especialista britânico comentou que as descobertas podem significar um “grande passo adiante”, caso os químicos sejam seguros à saúde humana e baratos.
Mosquitos fêmeas usam o gás carbônico exalado pelos humanos para escolher suas próximas vítimas. Os insetos são capazes de detectar mudanças rápidas na concentração do gás e identificar suas origens.
Essa informação já havia servido para a criação de armadilhas para os mosquitos, usando gelo seco ou cilindros de gás que emitem CO2. No entanto, por serem caras, raramente são usadas em países em desenvolvimento. Os pesquisadores vinham procurando alternativas químicas que pudessem atrapalhar ou confundir o senso de percepção dos mosquitos com relação ao CO2.
Doenças
Agora, cientistas da Universidade da Califórnia em Riverside testaram químicos com cheiros em três espécies de mosquitos: Anopheles gambiae, que transmite a malária; Culex quinquefasciatus, que causa elefantíase e o vírus do oeste do Nilo (o qual desencadeia problemas cerebrais); e o Aedes aegypti, que dissemina a dengue e a febre amarela. Juntos, esses insetos infectam em média 500 milhões de pessoas por ano no mundo, causando milhões de mortes.
Os pesquisadores identificaram três grupos químicos que atrapalham os mosquitos na hora de identificar o gás carbônico. Um dos químicos imita o CO2 e pode ser usado como isca para armadilhas; o segundo impede que o mosquito identifique o CO2; e o terceiro grupo “engana” o mosquito, fazendo com que seu cérebro pense que está cercado por grandes quantidades do gás – assim, o inseto não sabe qual direção seguir. O professor Anandasankar Ray, da Universidade da Califórnia, disse que “os químicos oferecem uma poderosa vantagem como ferramentas potenciais para reduzir o contato dos mosquitos com os humanos e podem levar ao desenvolvimento de novas gerações de repelentes”.
“A identificação dessas moléculas de odor – que podem funcionar até mesmo em baixas concentrações e são, portanto, econômicas – pode ser muito eficiente em comprometer a habilidade dos mosquitos em identificar humanos, ajudando, assim, a controlar a disseminação de doenças transmitidas (pelos insetos).”
Outros atrativos
O CO2 não é a única forma pela qual mosquitos encontram suas vítimas – o cheiro do suor e da pele dos humanos também pode ser usado para esse propósito.
O médico James Logan, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, explica que “ainda que o estudo (californiano) seja animador, os autores ainda têm de mostrar que os químicos são capazes de evitar que os seres humanos sejam mordidos (pelos mosquitos)”.
“Ao mesmo tempo em que o CO2 é um importante atrativo aos mosquitos, sabemos que os insetos respondem de maneira distinta a uma armadilha de gás carbônico e a um ser humano de verdade, que libera uma complexa mistura de químicos atraentes, calor, dicas visuais e umidade. A questão é: será que odores (como os descobertos) podem de fato proteger as pessoas?”
Os pesquisadores dizem que o próximo passo será desenvolver químicos que não causem riscos à saúde humana. O médico Nikolai Windbichler, do Imperial College, em Londres, diz que ainda há trabalho a fazer para garantir que os químicos sejam seguros e possíveis de serem produzidos a um custo reduzido.
“Esses componentes têm propriedades novas e desejáveis, porque podem confundir os mosquitos mesmo quando a substância não está mais presente ou quando o mosquito já deixou a área onde ela foi aplicada”, conta o médico. “Isso pode ser um grande passo adiante e pode proteger grandes grupos populacionais em áreas vastas, algo que não é viável atualmente com os repelentes existentes.”
Mark Stopfer, dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, disse que o estudo californiano é “promissor”.
Visivelmente a confusão foi na tradução de “a chemical” por “o químico” ou “um químico” e “the chemicals” por “os químicos”. Alguns trechos da reportagem ficaram realmente engraçados, como
Os pesquisadores dizem que o próximo passo será desenvolver químicos que não causem riscos à saúde humana. O médico Nikolai Windbichler, do Imperial College, em Londres, diz que ainda há trabalho a fazer para garantir que os químicos sejam seguros e possíveis de serem produzidos a um custo reduzido.
Além de terem confundido “substância” com “elemento”. Nada disso teria acontecido com a ajuda de alguém com familiaridade do jargão químico – algo que os químicos presumivelmente conhecem bem.

Nova tabela periódica


 
Notícia do jornal Folha de São Paulo
Reconhecidos como números 114 e 116, eles não foram batizados e por isso não têm nome ainda. Provisoriamente, estão sendo chamados de “ununquadium” e “ununhexium”. A inclusão foi reconhecida por um comitê internacional de químicos e físicos que pertencem ao Iupac (União Internacional de Química Pura e Aplicada) e ao Iupap (União Internacional de Física Pura e Aplicada).
No total, são 114 os elementos químicos conhecidos. Os de número 113, 115 e 118 não foram aceitos oficialmente pelas evidências e testes não se mostrarem conclusivos.
Os dois novos integrantes são os metais mais pesados da tabela e tiveram que passar por experimentos antes de serem reconhecidos. Os pesquisadores criaram os elementos a partir de uma colisão de dois átomos produzida em um acelerador e “existiram” por menos de um segundo antes de se separarem.

A química dos airbags. Você sabia?

Olá a todos que curtem nosso blog!
Esse post é principalmente pra você que de vez em quando solta a frase (ou pelo menos pensa nela) : Para quê que a química serve?
Bom, eu poderia ficar dias utilizando argumentos e tentando convencer a qualquer um dos benefícios decorrentes do estudo da química, ou apenas mostrar como ela está presente no nosso dia a dia.
Mas hoje, quero dar um exemplo de como ela está presente em uma situação que a maioria das pessoas não fazem ideia. Como no mecanismo responsável por inflar os airbags.

Você já se perguntou como a bolsa plástica do airbag se enche subitamente no caso de uma colisão? E de onde vêm os 70 litros de “ar” que fazem inflar o saco antes da colisão? Na verdade, se trata de um gás que provém de uma reação química de decomposição. Esse gás é o gás nitrogênio, de fórmula N2.
O airbag é formado por um dispositivo que contém a substância química NaN3 (azida de sódio), que é responsável pela liberação do gás. Esse dispositivo está acoplado a um balão que fica no painel do automóvel e quando ocorre uma colisão (ou desaceleração brusca), os sensores localizados no pára-choque do automóvel transmitem um impulso elétrico (faísca) que causa a detonação da reação. Alguns centésimos de segundo depois, o airbag está completamente inflado, e salvando vidas. A decomposição da azida de sódio e a formação do gás nitrogênio, podem ser representadas pela equação a seguir:
2 NaN3(s) → 2 Na(s) + 3N2(g)
E pra finalizar, um recado: o airbag é um equipamento complementar de segurança, e portanto, não devemos jamais deixar de usar o cinto!

Você sabe o que é pH baixo?



Trecho retirado da atual campanha publicitária da nova linha para tratamento capilar pós alisamento Seda:
“ A nova linha Seda pós alisamento químico conta com a exclusiva tecnologia escova protectTM , com pH baixo, que deixa os fios ultra-hidratados e mantém o alisamento por muito mais tempo.”
Uma breve explicação sobre pH:
O pH, que é o potencial hidrogeniônico de uma solução ou formulação, nos diz se esta formulação possui características ácidas, básicas ou neutras. A escala de pH varia de 0 a 14. De maneira simplificada, podemos dizer que o intervalo de pH que vai de 0 a 6,9 indica que um sistema está ácido, 7 significa pH neutro (o da água, por exemplo), e de 7,1 a 14 pH básico ou alcalino.
Será que a Seda sabe o que significa pH baixo?
É claro que sabe!
pH dos shampoos: Deve ser o mais próximo possível do pH do couro cabeludo, ou seja, numa faixa de 4,5 e 5.5. Geralmente os bons shampoos apresentam pH por volta de 5 até 6. Desta forma eles conseguem promover uma limpeza suave sem agredir os fios removendo a cobertura lipídica  e a queratina essencial para saúde dos fios.
pH dos condicionadores: Deve ser compatível com a queratina dos fios, por volta de 4,5 e 5,5, ou seja, ligeiramente ácido. Os condicionadores existem para repor a gordura natural e necessária que foi retirada com o shampoo, evitando que o cabelo embarace. O pH levemente ácido (por volta de 4,5) fecha as cutículas dos fios e retêm a hidratação no interior dos mesmos.
Para resumir: nada de muito novo nessa tecnologia escova protect!
Mas ao meu entender, a principal questão é:
O grande público que utiliza esse tipo de produto sabe o que significa pH baixo? Acredito que não… Então porque essas “jogadas de marketing” são tão utilizadas ultimamente? A resposta é simples: porque funciona!
Sem entrar em maiores discussões, fica um recado:
Que tal nos tornarmos consumidores mais curiosos, e assim utilizarmos nosso senso crítico para discernir o que realmente é inovador no mercado?

Os 10 Piores Alimentos para sua Saúde‏



Muito cuidado com sua alimentação, se quer ter uma vida saudável, recomendo ler o que se segue abaixo.
Recebi isso por email e quero compartilhar com todos vocês, porque "Saúde é o que interessa e o resto não pressa, ié ié" hehehe
Acredito que você NÃO econtrará nessa lista nada do que goste. hehehe

Nutricionista lista os 10 piores alimentos para sua saúde‏.

Que atire a primeira pedra quem não se rende a um fast food, salgadinho ou cachorro-quente e depois fica preocupado com as calorias que ingeriu. Mas o que pouca gente sabe é que os perigos desses alimentos vão muito além da questão estética e podem ser um risco para a saúde. Para esclarecer esses problemas, a nutricionista Michelle Schoffro Cook listou os dez piores alimentos de todos os tempos.

10º lugar: Sorvete
 
Apesar de existirem versões mais saudáveis que os tradicionais sorvetes industrializados, a nutricionista adverte que esse alimento geralmente possui altos níveis de açúcar e gorduras trans, além de corantes e saborizantes artificiais, muitos dos quais possuem neurotoxinas – substâncias químicas que podem causar danos no cérebro e no sistema nervoso.
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9º lugar: Salgadinho de milho
De acordo com Michelle, desde o surgimento dos alimentos transgênicos a maior parte do milho que comemos é um “Frankenfood”, ou “comida Frankenstein”. Ela aponta que esse alimento por causar flutuação dos níveis de açúcar no sangue, levando a mudanças no humor, ganho de peso, irritabilidade, entre outros sintomas. Além disso, a maior parte desses salgadinhos é frita em óleo, que vira ranço e está ligado a processos inflamatórios.

8º lugar: Pizza
Michelle destaca que nem todas as pizzas são ruins para a saúde, mas a maioria das que são vendidas congeladas em supermercados está cheia de condicionadores de massa artificiais e conservantes. Feitas farinha branca, essas pizzas são absorvidas pelo organismo e transformadas em açúcar puro, causando aumento de peso e desequilíbrio dos níveis de glicose no sangue.
7º lugar: Batata frita
Batatas fritas contêm não apenas gorduras trans, que já foram relacionadas a uma longa lista de doenças, como também uma das mais potentes substâncias cancerígenas presentes em alimentos: a acrilamida, que é formada quando batatas brancas são aquecidas em altas temperaturas. Além disso, a maioria dos óleos utilizados para fritar as batatas se torna rançosa na presença do oxigênio ou em altas temperaturas, gerando alimentos que podem causar inflamações no corpo e agravar problemas cardíacos, câncer e artrite.

6 lugar: Salgadinhos de batata
Além de causarem todos os danos das batatas fritas comuns e não trazerem nenhum benefício nutricional, esses salgadinhos contêm níveis mais altos de acrilamida, que também é cancerígena.

5º lugar: Bacon
Segundo a nutricionista, o consumo diário de carnes processadas, como bacon, pode aumentar o risco de doenças cardíacas em 42% e de diabetes em 19%. Um estudo da Universidade de Columbia descobriu ainda que comer 14 porções de bacon por mês pode danificar a função pulmonar e aumentar o risco de doenças ligadas ao órgão.

4º lugar: Cachorro-quente
Michelle cita um estudo da Universidade do Havaí, que mostrou que o consumo de cachorros-quentes e outras carnes processadas pode aumentar o risco de câncer de pâncreas em 67%. Um ingrediente encontrado tanto no cachorro-quente quanto no bacon é o nitrito de sódio, uma substância cancerígena relacionada a doenças como leucemia em crianças e tumores cerebrais em bebes. Outros estudos apontam que a substância pode desencadear câncer colorretal.

3º lugar: Donuts (Rosquinhas)
Entre 35% e 40% da composição dos donuts é de gorduras trans, “o pior tipo de gordura que você pode ingerir”, alerta a nutricionista. Essa substância está relacionada a doenças cardíacas e cerebrais, além de câncer. Para completar, esses alimentos são repletos de açúcar, condicionadores de massa artificiais e aditivos alimentares, e contém, em média, 300 calorias cada.

2º lugar: Refrigerante
Michelle conta que, de acordo com uma pesquisa do Dr. Joseph Mercola, “uma lata de refrigerante possui em média 10 colheres de chá de açúcar, 150 calorias, entre 30 e 55 mg de cafeína, além de estar repleta de corantes artificiais e sulfitos”. “Somente isso já deveria fazer você repensar seu consumo de refrigerantes”, diz a nutricionista.
Além disso, essa bebida é extremamente ácida, sendo necessários 30 copos de água para neutralizar essa acidez, que pode ser muito perigosa para os rins. Para completar, ela informa que os ossos funcionam como uma reserva de minerais, como o cálcio, que são despejados no sangue para ajudar a neutralizar a acidez causada pelo refrigerante, enfraquecendo os ossos e podendo levar a doenças como osteoporose, obesidade, cáries e doenças cardíacas.


1º lugar: Refrigerante Diet / Light / Zero
“Refrigerante Diet é a minha escolha para o Pior Alimento de Todos os Tempos”, diz Michelle. Segundo a nutricionista, além de possuir todos os problemas dos refrigerantes tradicionais, as versões diet contêm aspartame, que agora é chamado de AminoSweet. De acordo com uma pesquisa de Lynne Melcombe, essa substância está relacionada a uma lista de doenças, como ataques de ansiedade, compulsão alimentar e por açúcar, defeitos de nascimento, cegueira, tumores cerebrais, dor torácica, depressão, tonturas, epilepsia, fadiga, dores de cabeça e enxaquecas, perda auditiva, palpitações cardíacas, hiperatividade, insônia, dor nas articulações, dificuldade de aprendizagem, TPM, cãibras musculares, problemas reprodutivos e até mesmo a morte.
“Os efeitos do aspartame podem ser confundidos com a doença de Alzheimer, síndrome de fadiga crônica, epilepsia, vírus de Epstein-Barr, doença de Huntington, hipotireoidismo, doença de Lou Gehrig, síndrome de Lyme, doença de Ménière, esclerose múltipla, e pós-pólio. É por isso que eu dou ao Refrigerante Diet o prêmio de Pior Alimento de Todos os Tempos”