Total de visualizações de página

domingo, 30 de outubro de 2011

A dor de cabeça do dia seguinte!

A dor de cabeça do dia seguinte!

Aqui vai uma breve explicação sobre o que acontece quimicamentebiologicamente no organismo quando o efeito do álcool já passou (A FAMOSA RESSACA).
Um dos principais componentes das bebidas alcoólicas é, obviamente, o álcool etílico, também conhecido como etanol (C2H5OH). Ao ingerirmos a bebida, o álcool começa a se transformar no organismo. O seu destino mais comum (provável) é transformar-se em dióxido de carbono (CO2) + água (H2O) + energia.
Acontece que rotas secundárias também formam substâncias intermediárias entre o álcool e aquele “destino” mais provável. Entre essas substâncias intermediárias estão o aldeído (acetaldeído ou etanal) e o ácido carboxílico (ácido acético). A mistura destas substâncias, em especial a presença do aldeído, é que explica aquela dorzinha de cabeça no dia seguinte a bebedeira.
oxidação do álcool etílico
O acetaldeído é criado quando o álcool no fígado é destruído por uma enzima chamada álcool-desidrogenase. O acetaldeído é então atacado por outra enzima, o aldeído-desidrogenase, e por outra substância que se chama glutationa, que contém uma quantidade alta de cisteína (uma substância que é atraída pelo acetaldeído). Juntos, o aldeído-desidrogenase e a glutationa formam o acetato (uma substância similar ao vinagre) não tóxico. Este processo funciona bem, deixando ao acetaldeído apenas um curto período de tempo para fazer seu estrago, se, e somente se, apenas alguns coquetéis forem consumidos.
A questão do peso é um dos motivos pelos quais as mulheres não devem acompanhar os homens na bebedeira, pois as mulheres têm menos aldeído-desidrogenase e glutationa, fazendo com que o organismo leve mais tempo para eliminar as toxinas, piorando os efeitos da ressaca.

Mas uma coisa é certa: se exagerar na bebida , não há enzima que dê jeito, e a dor de cabeça e mal estar são garantidos no dia seguinte! Portanto, façam como este que vos fala, fique só na água e no refrigerante, e não terá maiores problemas…

OS PERIGOS DO METANO

Os perigos do metano…

No fim do mês passado um evento povoou os noticiários do país: “ SP: Após vazamento de gás metano, shopping fecha as portas e é multado.” Mas de onde vem esse metano?
O metano, (CH4), gás incolor e inodoro, é produzido através dos seguintes processos naturais:
- Decomposição de lixo orgânico;
- Digestão de animais herbívoros;
- Metabolismo de certos tipos de bactérias;
- Vulcões de lama;
- Extração de combustíveis minerais (principalmente o petróleo);
- Aquecimento de biomassa anaeróbica.
O shopping em questão, assim como um condomínio vizinho, foi construído em uma área anteriormente utilizada como lixão, que obviamente, produzirá gás metano pela decomposição do material orgânico presente no local. Se inalado, o metano pode causar asfixia, parada cardíaca, incosciência e até mesmo danos no sistema nervoso central; e ainda mais importante – quando adicionado ao ar, torna-se altamente explosivo!

Análise da Prova do ENEM 2011

Queridos Vestibulandos,
A prova de Química do ENEM 2011 pode ser considerada fácil. Somente assuntos clássicos foram abordados, não apresentando nenhuma surpresa aos candidatos. Mais uma vez a temática ambiental foi conteúdo ou tema da maioria das questões. Faz-se necessário um candidato cada vez mais antenado com as práticas de sustentabilidade e conhecimento de matriz energética, tratamento de água e esgoto e a Química aplicada ao cotidiano.
Questão 48:
  • Conteúdo: Termoquímica
  • Temática: poluição gerada por combustíveis
  • Nível de Dificuldade: médio
  • Análise: questão que envolve a parte quantitativa da termoquímica. O candidato deveria relacionar a quantidade de carbono liberada pelo combustível com a energia obtida nessa combustão. A parte mais trabalhosa estava nas contas pouco arredondadas.
Questão 52:
  • Conteúdo: Densidade
  • Temática: formação de ligas metálicas
  • Nível de Dificuldade: fácil
  • Análise: cálculo simples de densidade em função do percentual de cada metal na liga.
Questão 53:
  • Conteúdo: Solubilidade
  • Temática: Industrialização da Mamona
  • Nível de Dificuldade: fácil
  • Análise: bastava o candidato observar a apolaridade do óleo e a consequente hidrofilia das substâncias tóxicas que as tornam insolúveis no óleo.
Questão 56:
  • Conteúdo: Ligações Intermoleculares
  • Temática: força das ligações intermoleculares relacionada a hidratantes
  • Nível de Dificuldade: baixo
  • Análise: bastava o candidato observar a grande existência de grupamentos hidroxila na estrutura das moléculas apresentadas e relacioná-las às ligações de hidrogênio.
Questão 57:
  • Conteúdo: Métodos de Separação de Misturas
  • Temática: tratamento de água
  • Nível de Dificuldade: fácil
  • Análise: cabia ao candidato um conhecimento básico de tratamento de água. A única opção que poderia eventualmente causar dúvida seria fluoretação. Mas é a cloração que tem ação nos microrganismos.
Questão 59:
  • Conteúdo: Relações Numéricas e Soluções
  • Temática: reagente em excesso e eutrofização
  • Nível de Dificuldade: alto
  • Análise: a dificuldade maior é o candidato achar dentro de um esquema bastante confuso a proporção em número de átomos entre os elementos apresentados. Isso feito, bastaria uma regra de três simples para determinar o reagente limitante.
Questão 60:
  • Conteúdo: Óxidos
  • Temática: apllicação de óxidos básicos
  • Nível de Dificuldade: médio
  • Análise: questão mais complicada pelo seu contexto com Biologia. O candidato tinha que observar o caráter básico do CaO e sua reação com água.
Questão 71:
  • Conteúdo: Reações Orgânicas
  • Temática: aminoácidos e ligação peptídica
  • Nível de Dificuldade: fácil
  • Análise: simples análise da formação de uma amida no processo de ligação entre um ácido e uma amina.
Questão 74:
  • Conteúdo: Meio ambiente
  • Temática: biocombustíveis
  • Nível de Dificuldade: baixo
  • Análise: questão que aborda o assunto combustíveis x meio ambiente. De resolução simples, bastaria o candidato estar atento ao enunciado e ter noções básicas do tema relacionado a sociedade.
Questão 76:
  • Conteúdo: Equilíbrio Químico
  • Temática: princípio de Le Chatelier e pH
  • Nível de Dificuldade: médio
  • Análise: questão que aborda o deslocamento do equilíbrio através da adição de uma substância que reage com outra presente no sistema. O conceito de pH é também envolvido na questão.
Questão 80:
  • Conteúdo: Estequiometria e Soluções
  • Temática: nada relevante
  • Nível de Dificuldade: médio
  • Análise: questão que envolve uma estequimetria entre duas substâncias, sendo uma delas apresentada como solução. A difuldade estava em calcular o número de mols do peróxido e depois relacionar com o permanganato.
Questão 81:
  • Conteúdo: Meio Ambiente
  • Temática: poluição gerada por usinas hidrelétricas e termelétricas
  • Nível de Dificuldade: médio
  • Análise: a maior dificuldade da questão está em relacionarem uma tecnologia “limpa” (pós implantação) com a geração de poluição devido a emissão de metano. A frase “Entretanto, estudos indicam que as emissões de metano das hidrelétricas podem ser comparáveis às emissões de CO2 das termelétricas.” é determinante para o gabarito.
Questão 84:
  • Conteúdo: Reações Químicas
  • Temática: biocombustíveis e poluição
  • Nível de Dificuldade: médio
  • Análise: questão que envolve análise das reações envolvendo o nitrogênio e seus resultados.
Questão 88:
  • Conteúdo: Meio ambiente
  • Temática: poluição
  • Nível de Dificuldade: fácil
  • Análise: assunto mais que recorrente nas aulas de combustíveis tanto em Química quanto em Geografia.

PREMIO NOBEL DE QUIMICA 2011

Nobel de Química 2011 vai para descoberta dos quase-cristais

Pesquisa controversa do israelense Daniel Shechtman trouxe uma mudança de mentalidade na Química tradicional

iG São Paulo | 05/10/2011

A Academia Real de Ciências da Suécia deu na manhã da quarta-feira (5)de outubro o Nobel de Química ao israelense Daniel Shechtman, 70 anos, do Instituto de Tecnologia de Israel, em Haifa, pela descoberta dos chamados quase-cristais, que têm aplicações experimentais em inúmeras finalidades -- dos motores a diesel às frigideiras..
De acordo com os organizadores do prêmio, a pesquisa de Shechtman trouxe uma mudança de paradigma de como os átomos são organizados em materiais sólidos. “Ao contrário da crença prévia de que átomos ficam dentro de cristais em padrões simétricos, Schechtman mostrou que eles poderiam se organizar em um padrão que não se repetia,” explicou a academia.
“Sua descoberta foi extremamente controversa. Enquanto defendia sua descoberta, foi demitido de seu grupo de pesquisa. No entanto, sua batalha eventualmente forçou cientistas a rever a própria natureza da matéria”.
O comitê lembrou então que as formas matematicamente regulares, mas infinitamente variadas, são comuns na arte árabe e persa. "Mosaicos aperiódicos, como os encontrados nos mosaicos islâmicos medievais do palácio de Alhambra, na Espanha, e na mesquita de Dar-i Imam, no Irã, têm ajudado os cientistas a entenderem qual é o aspecto dos semicristais em nível atômico."
O cientista, nascido em Tel Aviv, trabalha no Technion (Instituto de Tecnologia de Israel), em Haifa (norte). Na época do seu principal trabalho, ele vivia nos EUA.
A pesquisa de Shechtman foi inicialmente ridicularizada por muitos cientistas, pois contradizia todos os livros sobre o tema. Um dos seus críticos mais inflamados foi Linus Pauling, ganhador de dois prêmios Nobel. Mas, em 1992, a União Internacional de Cristalografia alterou, com base no trabalho do israelense, sua definição sobre o que é um cristal.
Nas últimas três décadas, centenas de semicristais foram sintetizados em laboratórios, e, há dois anos, cientistas relataram a inédita descoberta de um semicristal natural, numa amostra russa contendo alumínio, cobre e ferro.
Schechtman foi comunicado que ganhou o prêmio durante o anúncio, mas ao contrário do costume, a ligação foi particular, e não em viva voz durante a cerimônia. Os organizadores afirmaram que ele ficou extremamento surpreso com a honraria e que já havia desistido de ganhar o Nobel um dia.

Veja a lista dos vencedores do Prêmio Nobel de Química dos últimos 10 anos:

2010: Richard Heck (EUA), Ei-ichi Negishi e Akira Suzuki (Japão)
2009: Venkatraman Ramakrishnan e Thomas Steitz (EUA), Ada Yonath (Israel)
2008: Osamu Shimomura (Japão), Martin Chalfie e Roger Tsien (EUA)
2007: Gerhard Ertl (Alemanha)
2006: Roger Kornberg (EUA)
2005: Yves Chauvin (França), Robert H. Grubbs e Richard R. Schrock (EUA)
2004: Aaron Ciechanover e Avram Hershko (Israel) e Irwin Rose (EUA)
2003: Peter Agre e Roderick MacKinnon (EUA)
2002: John Fenn (EUA), Koichi Tanaka (Japão) e Kurt Wuethrich (Suíça)
2001: William Knowles, K. Barry Sharpless (EUA) e Ryoji Noyori (Japão)

(Com informações da AP e Reuters)

O transtorno obsessivo compulsivo“O transtorno obsessivo compulsivo (TOC) tem cura? Se o doente parar de tomar remédio, as manias voltam?”

Para tratar o TOC

Por: Aristides Volpato Cordioli
Publicado em 13/10/2011 | Atualizado em 24/10/2011
Para tratar o TOC
Lavar as mãos compulsivamente é um ritual comum entre os que sofrem de TOC. Com terapia e medicamento, é possível contornar os sintomas do transtorno. (foto: André Luiz D. Takahashi/ ASCOM Prefeitura de Votuporanga – CC BY 2.0)
As causas do TOC não são bem conhecidas, logo não podemos falar em cura, pois não há garantia de que as causas serão removidas e de que os sintomas não voltarão. No entanto, é possível sim eliminar os fatores que perpetuam o TOC, e assim contornar os sintomas, por meio de terapia cognitivo-comportamental (TCC) e medicamentos.
A pessoa com TOC sofre de muitos medos: de contrair doenças, cometer falhas, ser a responsável por acidentes etc. Em razão desses medos, ela evita situações e ações que, de acordo com o que acredita, poderiam provocar tais desastres.
Querendo aliviar a tensão, o indivíduo também pratica rituais que lhe dão alívio, como, por exemplo, lavar a mão diversas vezes, fazer verificações e repetir frases. Com a terapia, o paciente aprende a enfrentar esses medos e a corrigir os mecanismos que o levam a executar rituais.
Os medicamentos também são muito importantes no tratamento e não devem ser interrompidos sem orientação médica.
Os medicamentos também são muito importantes no tratamento e não devem ser interrompidos sem orientação médica
Quando um paciente que usa apenas a medicação deixa de tomá-la, é alto o índice de recaídas. Pesquisas mostram que, em até 90% desses pacientes, ocorre um retorno dos sintomas quatro meses após a descontinuação do medicamento.
Essa recaída é maior do que a que ocorre em pacientes que também são tratados com TCC. Por isso, é recomendável utilizar os dois tratamentos em conjunto.
O mais indicado é que, mesmo depois do desaparecimento dos sintomas, o paciente continue usando o medicamento por pelo menos um ano. Passado esse período, recomenda-se uma retirada gradual. O tempo de uso do medicamento pode ser maior se ocorreram recaídas em tentativas anteriores de encerrar o tratamento.
É importante ressaltar que não há problemas em se tomar esses remédios por longos períodos, pois eles não viciam. Além disso, uma interrupção abrupta pode causar desconfortos.

Aristides Volpato CordioliDepartamento de Psiquiatria e Medicina Legal
Faculdade de Medicina
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Texto originalmente publicado na CH 286 (outubro de 2011).

Quando os microrganismos salvam vidas

Bactérias, fungos e protozoários são vistos em geral como vilões. Muitos desses pequenos seres, porém, realizam serviços importantes para os humanos e vêm sendo usados na produção de medicamentos. Artigo da CH 286 mostra como os microrganismos podem nos beneficiar.
Por: Adriana A. Lopes, Denise O. Guimarães e Mônica T. Pupo
Publicado em 24/10/2011 | Atualizado em 24/10/2011
Quando os microrganismos salvam vidas
Fungos crescendo em cultura. Embora possam ainda hoje causar infecções que comprometem a vida dos humanos, esses seres diminutos são úteis em processos industriais e no combate a doenças. (foto: David Midgley, University of Sydney/ CC BY-SA 2.5)
Microrganismos, como o nome diz, são organismos minúsculos, representados por fungos, bactérias, vírus, algas e protozoários. Geralmente, associamos esses seres microscópicos às doenças que eles podem causar em humanos, animais e lavouras. No cardápio de males provocados por esses agentes, está também a deterioração dos alimentos.
No caso de humanos, bactérias, fungos e vírus podem ainda hoje causar infecções que comprometem a vida dos pacientes – especialmente, aqueles com o sistema imunológico debilitado por outra doença, como a Aids.
Os microrganismos estão em toda parte; a maioria não se locomove e não tem mecanismos de defesas físicas frente a adversidades
Os microrganismos estão em toda parte: solo, água, pedras, no interior e na superfície de seres vivos (humanos, plantas, animais, insetos etc.), entre outros locais. A maioria deles não se locomove e não tem mecanismos de defesas físicas frente a adversidades.
No meio ambiente, convivem com grande número de seres vivos, sendo que a principal forma de interação com o ambiente envolve a produção de substâncias químicas – conhecidas como produtos naturais –, bem como enzimas, que agem principalmente como mecanismo de defesa contra outros microrganismos.
Essas moléculas – que, em geral, têm estrutura complexa – podem ser excretadas pelo microrganismo para inibir o crescimento de outros organismos e, assim, garantir a preservação da própria espécie.

Do laboratório à indústria

Ao longo do tempo, o homem conseguiu cultivar microrganismos em laboratório, bem como isolar e identificar quimicamente os produtos naturais microbianos, aplicando-os na medicina como medicamentos.
Os processos fermentativos envolvidos no desenvolvimento microbiano também passaram a ser explorados para o benefício humano em diversas áreas (ver ‘E se Dionísio soubesse química?’ na CH 279).
Os microrganismos são amplamente usados em indústrias químicas e na produção de pães, cerveja, vinho, vinagre, queijos e iogurtes
Os microrganismos são amplamente usados em indústrias para a produção de produtos químicos, como butanol, etanol e ácido cítrico, e suplementos alimentares (aminoácidos) e enzimas. São também usados na produção de pães, cerveja, vinho, vinagre, queijos e iogurtes.
São importantes agentes de biorremediação, ou seja, usados para remover ou reduzir a poluição ambiental. São utilizados em processos de biocatálise, convertendo substâncias químicas em outras, com maior rapidez e menor custo que processos totalmente químicos.
A fermentação de microrganismos é também aplicada pela indústria farmacêutica para obtenção de medicamentos que não são facilmente produzidos por síntese química. Nessa última aplicação, a química microbiana tem contribuído significativamente para a saúde da humanidade.

Combate às doenças

As descobertas de cientistas como o químico e microbiologista francês Louis Pasteur (1822-1895), o cirurgião inglês Joseph Lister (1827-1912) e o médico alemão Robert Koch (1843-1910) permitiram identificar microrganismos como agentes causadores de infecções, as quais geralmente causavam a morte dos pacientes devido à ausência de tratamento efetivo.
'Penicillium notatum'
A descoberta da penicilina por Alexander Fleming, em 1928, tornou-se o marco do uso medicinal de produtos naturais microbianos e revolucionou a medicina e o tratamento das infecções bacterianas. A substância é produzida pelo fungo 'Penicillium notatum' (na imagem). (foto: Crulina/ CC BY-SA 3.0)
Os cientistas alemães Paul Erlich (1854-1915) e Gerhard Domagk (1895-1964) foram pioneiros em mostrar que corantes artificiais matavam microrganismos e controlavam infecções.
Lister e o médico francês Ernest Duchesne (1874-1912), independentemente, relataram o uso de fungos Penicillium em bandagens para tratar pacientes infectados no final do século 19. Porém, textos da medicina chinesa, com mais de 3 mil anos, relatam o uso de soja ‘embolorada’ (com bolor, ou seja, com fungo) para tratar infecções de pele.
Mas foi a descoberta da penicilina, produzida pelo fungo Penicillium notatum, pelo médico escocês Alexander Fleming (1881-1955), em Londres (1928), que se tornou marco do uso medicinal de produtos naturais microbianos e revolucionou a medicina e o tratamento das infecções bacterianas.

domingo, 2 de outubro de 2011

PREMIO IG NOBEL 2011

Prémios IgNobel premeiam as ideias mais insólitas

Arturas Zuokas, autarca da cidade de Vilnius na Lituânia, IgNobel da Paz.

A edição dos Prémios IgNobel de 2011 já tem a sua lista de galardoados. Estudos sobre bocejos de tartarugas ou como escaravelhos acasalam com garrafas de cerveja foram premiados. Saiba a lista completa.
Fisiologia: Anna Wilkinson, Natalie Sebanz e Ludwig Huber pelo estudo que concluir não haver evidência de contágio de bocejos entre as tartarugas red-foot»
Química: Makoto Imai, Naoki Urushihata, Hideki Tanemura, Yukinobu Tajima, Hideaki Goto, Koichiro Mizoguchi e Junichi Murakami. Este grupo de japoneses determinou a densidade ideal de wasabi (espécie de rabanete muito picante) para acordar uma pessoa inconsciente em caso de incêndio ou outra emergência, e aplicaram esta conclusão para inventar um alarme wasabi.
Medicina: Mirjam Tuk, Debra Trampe, Luk Warlop, Matthew Lewis, Peter Snyder, Robert Feldman, Robert Pietrzak, David Darby e Paul Maruff por realizarem um estudo que demonstra que as pessoas tomam melhores decisões sobre determinados assuntos, mas piores sobre outras questões, quando estão sob uma vontade de urinar urgente.
Psicologia: Karl Halvor Teigen por tentarem perceber porque é que as pessoas suspiram, na sua vida quotidiana.
Literatura: John Perry pela sua Teoria da Procrastinação Estruturada que afirma que para se ser um grande autor deve-se sempre trabalhar em algo importante, usando isso como forma de evitar fazer algo que seja ainda mais importante.
Biologia: Darryl Gwynne e David Rentz por descobrirem que um determinado tipo de escaravelho acasala com um determinado tipo de garrafa de cerveja australiana.
Física: Philippe Perrin, Cyril Perrot, Dominique Deviterne, Bruno Ragaru e Herman Kingma por determinarem porque é que os lançadores de discos ficam tontos e os de martelo não.
Matemática: Dorothy Martin, Pat Robertson, Lee Jang Rim, Credonia Mwerinde e Harold Camping (todos previram, em anos diferentes, que o mundo acabaria nesse ano) por ensinarem ao mundo que se deve ter cuidado quando se fazem assunções baseadas em cálculos matemáticos.
Paz: Arturas Zuokas, autarca da cidade de Vilnius na Lituânia, por passar a resolver o problema do estacionamento ilegal de carros de luxo destruindo-os com um tanque.
Segurança Pública: John Senders, por levar a cabo uma série de experimentos em que uma pessoa conduz um carro numa grande auto-estrada enquanto o retrovisor esbofeteia o condutor e lhe tapa a visão.